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TU-BARÃO

Órgão de opinião própria sem periodicidade e com muita vontade de emitir opiniões sobre o nosso quotidiano

TU-BARÃO

Órgão de opinião própria sem periodicidade e com muita vontade de emitir opiniões sobre o nosso quotidiano

27.12.12

Hoje no Expresso on-line


 

Os últimos dados que o Tribunal de Contas trouxe à luz são verdadeiramente revoltantes. Basicamente, entre 2006 e 2011 (Governo Sócrates) o Estado vendeu património... a si mesmo. Pode parecer estranho, ou não ter mal nenhum. Mas a verdade é que 1381 milhões de euros (num total de 1438 milhões) foram vendidos pelo Estado... a empresas do Estado (nomeadamente do universo Parpública).

Claro que, para quem vende é receita do OE, para quem compra é despesa de uma empresa. E assim se ajudou a ficticiamente equilibrar contas que pagamos agora. Também se sabe que muitos organismos públicos, apesar de todo o património vendido, optaram por alugar instalações. O exemplo mais conhecido é o do Campus da Justiça, na Parque Expo, em Lisboa, mas há inúmeros exemplos. Ou seja, o Estado não só disfarçou as contas, como gastou mal.

Por último, há que saber se houve comissões nestas vendas, a maioria das quais por ilegal ajuste direto. É que um por cento apenas daquele valor são mais de 13 milhões de euros... não será preciso dizer mais.

Um elogio ao Tribunal de Contas, não fica aqui mal. Os seus juízes e o seu presidente, Guilerme d'Oliveira Martins, têm sido incansáveis a denunciar casos destes. E um elogio - inédito - para o ministro das Finanças atual, Vítor Gaspar, que quando chegou ao Ministério acabou com estas vendas e optou agora por não contestar (ao contrário do que é o usual) o relatório do Tribunal

 

(com a devida vénia)