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TU-BARÃO

Órgão de opinião própria sem periodicidade e com muita vontade de emitir opiniões sobre o nosso quotidiano

TU-BARÃO

Órgão de opinião própria sem periodicidade e com muita vontade de emitir opiniões sobre o nosso quotidiano

30.11.15

Existem almoços grátis!


O famoso Milton Friedman afirmou, já lá vão uns anitos, para uma questão que fazendo parte do nosso dia-a-dia às vezes esquecemo-nos: “não há almoços grátis”……

Queria ele dizer que tudo na vida tem um preço.

Confesso que neste fim-de-semana cheguei à conclusão que o premio nobel da economia estava “enganado”…………………….

No passado domingo almocei em Odivelas, com 13 amigos.

O Jorge, o João, o Joaquim, a Lurdes, os “Vitores”, o Eugénio, o António, o Luís, o Bruno, o Fernando, o Cunha e o José.

Falámos sobre tudo.

Rimos e relembramos projetos comuns, analisamos momentos já vividos e falámos sobre Odivelas.

Falamos sobre educação, sobre autarquias, sobre desporto (claro que falámos em Jorge Jesus), sobre a saúde, essencialmente sobre todo o que nos rodeia.

A sensação de liberdade e de partilha foi espetacular.

Conversamos sobre a Póvoa, Odivelas, Pontinha e todas as outras freguesias do concelho.

É muito salutar quando temos amigos, que entre uma garfada, nos fazem ver certas situações que nos passaram ao lado.

Pessoas que independentemente da sua cor politica (nesse aspecto o almoço foi quase tao abrangente como a AR pois julgo que não havia ninguém do PAN) têm a clareza de ver o que outros negam.

É tão engraçado ouvir falar quem sabe entre uma fatia de pão com presunto e um bom vinho tinto.

Falámos do que conhecemos e vamos continuar com estas tertúlias.

Projectos?

Esses existem sempre nestes odivelenses porque são pessoas empenhadas no meio que as rodeia, e conforme alguns gostam de afirmar é “a sociedade civil” a funcionar.

Quando se juntam pessoas ligadas umbilicalmente ao concelho e com raízes muito fortes na sociedade odivelense é natural que as ideias brotem.

Tomámos desde já uma decisão: Vamos continuar a comer bem, a conversar e a saborear o pão, o presunto e muito tinto!

Tenho amigos de todas as classes sociais.

Eles são gestores, professores catedráticos, policias, taxistas, electricistas, autarcas, etc.

Com todos eles aprendo sempre um pouco quando almoço, ou janto com eles, independentemente de quem paga o almoço.

24.11.15

Quero um bom ambiente…………….


Realiza-se em Paris, a partir do dia 30 de Novembro, a Cimeira do Clima.

Todos os meses deparamos com cenários de desastres ambientais terríveis.

Cidades inundadas (aconteceu recentemente em Albufeira), secas extremas, fome, pessoas a fugir da subida das marés, etc etc.

Durante 13 dias a capital francesa será palco das discussões, entre os cerca de 195 países e 25 mil ONG presentes, tendo em vista reduzir as emissões de gases de modo a criar compromissos para além de 2020 até agora traçados.

Se a emissão de gases continuar a subir, os danos serão catastróficos. A continuar a trajectória actual a temperatura subirá, em média, 5ªC durante este século. Pretende-se que a subida se mantenha nos 2ªC pois caso contrario o degelo será enorme.

A questão ambiental é antiga e se não forem tomadas medidas irá afectar essencialmente as gerações futuras. Segundo especialistas esta cimeira será a última oportunidade de se chegar a um acordo universal entre as grandes potências mundiais.

A questão essencial coloca-se com a enorme quantidade de gases que a humanidade enviou para a atmosfera que provocam o efeito de estufa e consequentemente torna o aquecimento irreversível.

O mundo não pode continuar a brincar com o ambiente, terão ser impostos limites à emissão de dióxido de carbono (CO2) principalmente aos principais poluidores como a China, os EUA, a Rússia e a India.

Segundo as ultimas previsões as temperaturas médias globais à superfície terrestre vão este ano superar os níveis verificados na época pré-industrial.

Em Portugal a erosão costeira assume um particular relevo nas questões ambientais devido aos desastres que todos os invernos temos verificado levando a que algumas zonas balneares desapareçam por completo.

Temos também as pescas onde recentemente nos foram impostas restrições à apanha de certas espécies.

A cimeira, e todos nós, tem ainda de discutir o elevado consumo de papel, os resíduos que são produzidos diariamente, os anos que alguns elementos produzidos pelo homem demoram a ser absorvidos pela natureza, como o plástico e os filtros dos cigarros. Para além destas questões a cimeira debaterá outro assunto urgente: animais em vias de extinção como o Panda, o Urso Polar, e a Baleia Azul.

Torna-se importante referir, por fim, que o combate às alterações climáticas tem gerado crescimento e emprego pois segundo as últimas estatísticas a designada economia verde cresceu 4% no último ano atingindo já um valor próximo dos 4 biliões de euros.

Todos desejamos que a Cimeira de Paris seja um êxito.

(artigo semanal para a Radio Cruzeiro)

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