Todos os dias somos confrontados com questões relacionadas com a(s) nossa(s) liberdade(s)
A venha frase de que a nossa liberdade começa quando a do “nosso vizinho” acaba é cada vez mais verdade.
A liberdade de pensamento individual, a liberdade de opinião, a liberdade de circulação e tantas e tantas liberdades de que nem sempre se respeitam.
Esta semana gostava de partilhar neste espaço alguns conceitos de liberdade que não vejo respeitados:
1-Recentemente houve alterações no código da estrada que reconheceram a todos os que se deslocam de bicicleta os mesmos direitos que a todos os outros condutores de veículos motorizados.
Foi uma medida importante mas pelos vistos não foi bem recebida por todos os ciclistas.
Hoje quando circulamos vemos muitos portugueses pedalando, mas nem todos respeitam a lei.
Todos os dias vejo pessoas que circulam com as suas bicicletas pelos passeios, que não respeitam os sinais luminosos etc. etc.
Com estas atitudes não estão a respeitar a lei e abusam da liberdade que lhes foi concedida.
No passado sábado assisti a um atropelamento por uma bicicleta, em pleno passeio, de uma senhora idosa e que ficou bastante magoada.
2-Começou o ano lectivo e vieram novamente para os jornais as praxes.
Através da imprensa ficamos a saber a forma como os novos alunos do ensino superior, os que se sujeitam às praxes, são tratados.
Humilhados e até em alguns casos agredidos.
Sempre fui um defensor do espírito académico, mas nos últimos anos têm existido demasiados casos graves pelo que as praxes devem ser repensadas.
3-A União Europeia assenta os seus pilares na igualdade e nos direitos de todos os seus cidadãos.
Os tratados que os países subscrevem quando aderem à UE consagram deveres para com quem pede asilo.
Existe nesses tratados o direito à liberdade.
A Hungria, onde recentemente uma ampla maioria de deputados aprovou uma lei que permite disparar balas de borracha sobre os refugiados ou mesmo invadir habitações para verificar se as mesmas dão guarita a refugiados, é um país da EU.
Anteriormente, já o seu louco presidente tinha ordenado a colocação de arame ao longo das fronteiras de modo a impedir a entrada de refugiados.
Uns dias depois outros países lhe seguiram o exemplo, estados que ainda muito recentemente tal e qual como na Hungria a liberdade era proibida e quem colocasse em questão os regimes ditatoriais era abatido.
Sempre defendi a liberdade de pensamento a liberdade de expressão e todas as outras liberdades que estão inerentes a um cidadão livre em pleno século XXI.
Defendo-o como cidadão e como princípio da liberdade individual e não porque qualquer projecto assim mo obriga a reconhece-lo.
Nunca na vida poderei estar de acordo com frases como “Morte aos traidores” que o MRPP apregoa nos seus cartazes nem com as atitudes de puro racismo como as que recentemente um grupo de militantes da CDU foi alvo.
Convêm é não instigar a essa violência para a mesma não se virar contra nós!
(Intervenção de ontem na Rádio Cruzeiro)