Recebi dois comentários que merecem "a luz do dia":
O primeiro de Maria Máxima Vaz :
"Subscrevo tudo o que escreveu. Considero a política uma nobre actividade, mas há quem esteja na política para a denegrir, porque não é política o que faz. E não são só os inscritos em partidos que fazem política. Sempre fiz política. Não faço é política partidária e muito menos política pessoal. Faço política por gosto, pela sociedade. O que vejo por aí, com frequência, é gente a fazer política de interesses, para si! Não os considero políticos! E não são!"
O segundo de Zé da Burra, O alentejano e reza assim:
Os partidos políticos também envelhecem, tal como as pessoas, os cães e até os burros... Os partidos, tal como as pessoas, cães e até automóveis envelhecem, por isso, qualquer partido político não será hoje igual ao que era há 20 anos; e há 20 anos já não era o mesmo que há 30; e há 30 anos também já não era igual ao que tinha sido há 40; e por aí fora.... Assim todos os pardidos políticos que temos hoje e que já existiam há 30 anos estão hoje muito diferentes do que eram então: PCP, PS, PSD, CDS estão hoje irreconhecíveis. Na realidade, todos os partidos se deslocaram mais ou menos para a direita, por exemplo: 1.º) O PCP que defendia então a ditadura Estalinista e o alinhamento político de Portugal com a URSS; e que preconizava a estatização de toda a economia nacional, o que implicaria o fim dos pequenos e médios comerciantes, agricultores, pescadores, industriais, etc.; já não defende hoje essa política e é, em muitos casos, um dos melhores defensores dos pequenos e médios comerciantes, industriais, e outros..., contra o monopólio das grandes empresas que estão a sufocar a iniciativa privada de menor dimensão, acabando com ela. Também não acredito que o Bloco de Esquerda defenta estatização total de economia nacional, embora ambos os partidos defendam que setores essênciais deveriam estar nas mão do Estado, tais como: a EDP, REN, GAL, GÁS, Distribuição de águas, Estradas, Saneamento, CP, METRO, TAP, Caixa Geral de Depósitos,... 2.º) O BE é um partido recente, pelo que a sua evolução se verá no futuro. 3.º) O PS está hoje praticamente irreconhecível, se o comprararmos com o que foi há 30 anos, quando criou o Serviço Nacional de Saúde GRATUITO E UNIVERSAL PARA TODOS, que diz continuar a defender mas vai desmantelando e sofocando a pouco e pouco, criando espaço para que a saúde dos portugueses (com posses) seja entregue aos privados ou às misericórdias (os restantes), que são a sua esmagadora maioria. Começou por fechar hospitais e maternidades, depois foram os serviços de atendimento permanente (SAP), e por fim os próprios Centros de Saúde, mesmo em locais isolados com populações envelhecidas e sem transporte próprio disponível nem ambulâncias, cujo pagamento deixou de ser pago na maioria dos casos. Enfim, pouco ou nada distingue o atual PS do PSD, para além deste último partido não se sentir incomodado em assumir a intenção de acabar com o SNS UNIVERSAL E GRATUITO (pelo menos não esconde tanto a sua real intenção). 4.º) O PSD, que, no tempo do Governo de Cavaco Silva, facilitou a reforma a milhares de portugueses mais idosos que tinham ficado desempregados, embora não tivessem completado ainda a sua carreira contributiva, nem tivessem ainda idade legal para a ela poderem aceder; o mesmo partido que concedeu bonificações para a aposentação de milhares de funcionários públicos desde que fossem dados como "dispensáveis" pelos seus superiores hierárquicos, ainda que não tivessem 36 anos de serviço (bastavam então 30 anos para poderem aceder à aposentação por inteiro): agora, poucos anos depois, apoiou o PS no aumento da idade da reforma dos restantes funcionários públicos (incluindo os que já têm 40 anos de serviço) e ambos os partidos se preparam já, para aumentarem de novo a idade da reforma para além dos 65 anos, insensíveis até ao enorme número de desempregados JOVENS que de momento existem. 5.º) O CDS, incomodado com a designação de "CENTRO" intentou já mudar a sua designação para "Partido Popular" mas não teve coragem de levar a termo a mudança, provavelmente com receio de perder uma parte do seu eleitorado que ainda acredita ser o CDS o partido do "Centro". Assim, ficou-se por CDS/PP já há vários anos e vai servindo de moleta para suportar o PS ou o PSD no Governo.
Bom sinal , sinal de que a pessoas lêem o que escrevo e que a minha escrita provoca opinião.
Obrigado