Depois de uma passagem pela Tapada de Mafra (alguém tem a noção de que são cerca de 800 campos de futebol a àrea da tapada?) e de assistir à vitória do Glorioso sobre o clube do Norte, no torneio de infantis da Ponte de Frielas, eis-me no sofá (adoro!) a ver o Inter de Milão-Manchester United.
E, Pedro Santos Guerreiro chama-me a atenção, mais uma vez, na suas crónicas, na Sábado, para uma questão de âmbito nacional: a cidadania.
Alexandre Soares dos Santos (grande entrevista a semana passada no Publico) e a sua família resolvem criar uma Fundação (com o nome de Francisco Manuel dos Santos, seu avô materno) e, para a gerir, convidaram António Barreto.
Nada de mais, dirão os meus amigos, e mais admirados ficarão, se souberem, que a mesma Fundação tem como objectivo estudos para o bem-estar colectivo.
Mas, eis que vêm logo os políticos instalados perguntarem: o que é que estes querem?
A sociedade civil não pode apresentar projectos, que os mentores doutrinários não os aceitam.
Mais, criticam, vivamente, quem na sociedade portuguesa quer fazer o bem pelo bem, quem na sociedade portuguesa quer e tem a coragem de enfrentar o poder instalado, poder instalado que passa também pela oposição.
Alexandre Soares dos Santos, deixou-nos, aliás, na passada semana, uma série de perguntas, às quais os nossos gestores (delegados do poder político) deviam responder: quantas pessoas tem a PT e a CGD, em casa, a receber o ordenado, sem nada fazerem?
Estas mesmas pessoas não podiam ser aproveitadas para o bem delas e o bem do Estado ?
Este SENHOR começou, aliás, por referir o que iria fazer perante a grave crise.
1º. Iria usar as reservas que amealhou;
2º. Um ano inteiro de prejuízos estariam desde já assegurados;
3º. A seguir, deixaria de pagar dividendos;
4º. Os salários dos administradores iriam diminuir, se necessário;
5º. Negociava cortes de horário e de salários com os trabalhadores;
6º. Em ùltimo caso, despedia.
Eis um homem com visão do papel do empresário, em momento de crise, um homem que fez uma Fundação, não para fugir aos impostos, não para vender "museus" ao Governo!
Esta Fundação vai servir para investigar, analisar, etc. etc..
Esta Fundação é necessária ao povo português para o seu desenvolvimento!
A estes homens, Portugal tem de estar agradecido!